BOLETIM INFORMATIVO DO SINTUFSCar
24 de outubro de 2022
Porquê apoiar Lula e Haddad
No início da semana passada, nossa categoria se reuniu em assembleia geral para debater e deliberar sobre o segundo turno das eleições em nosso país. O debate se pautou pela importância desse momento, apontando a necessidade de defender os direitos e conquistas da classe trabalhadora e barrar os avanços de uma agenda conservadora que mina o serviço público e a própria democracia.
Em consonância com vários posicionamentos semelhantes de outras entidades sindicais, as/os TA’s reunidos aprovaram, por unanimidade, que nossa entidade manifeste apoio às candidaturas de Lula e Haddad no segundo turno das eleições de 2022.
Nesta semana, a prévia do Banco Central de crescimento do PIB para o mês de agosto mostra uma queda de 1,13%, a maior queda desde março de 2021 (ano de pandemia). Ou seja, o crescimento econômico anunciado eleitoreiramente durante a campanha, e baseado no uso do dinheiro público para fins eleitoreiros por Bolsonaro, é tão Fake News quanto a suposta queda inflacionária. A bomba relógio programada para explodir logo depois da eleição, tornando a economia brasileira ainda mais vulnerável, a inflação ainda maior e a miséria crescente, explodiu antes de tão frágil e mentirosa que é!
Depois da eleição nos preparemos para o aumento exponencial da inflação e dos combustíveis, entre outras medidas que vão se caracterizar como o maior estelionato eleitoral da história caso Bolsonaro seja vitorioso na eleição que ele transformou na mais suja da história e que numa democracia levaria à cassação de sua candidatura:
a) uso corrupto de verba pública como sendo de campanha numa escala inédita;
b) milionária rede profissional de Fake News irrigada corruptamente com dinheiro público;
c) assédio eleitoral organizado por empresários bolsonaristas que compram e intimidam seus funcionários ou por grupos violentos bolsonaristas que usam inclusive de intolerância e perseguição religiosa, como no caso de alguns evangélicos bolsonaristas em relação a evangélicos lulistas intimidados e silenciados.
A verdade Pós-eleitoral já está no Orçamento 2023. Bolsonaro já cortou R$ 56 bilhões em programas sociais, entre eles:
– Cortou recursos de custeio dos Institutos Federais em 12,5% e das Universidades Federais em 11,3%, acumulando 4 anos de cortes que inviabilizam atividades acadêmicas e permanência estudantil, tendo dezenas destas instituições de ensino federal avisado que podem parar por falta de verbas ainda em 2022;
– Cortou verbas para a construção de creches em 97,5% e infraestrutura de escolas de educação infantil em 95%;
– Vetou nesse ano o reajuste de valor repassado para merenda escolar que não é reajustado desde 2017, enquanto crianças comem bolachas nas escolas;
– Cortou Caminho da Escola que compra ônibus escolares em 95%;
– Educação de Jovens e Adultos em 56%;
– Acumula um corte de mais de 30% na Educação durante seus 4 anos de desgoverno;
– Cortou o orçamento da Saúde em 42%;
– Farmácia Popular em 60%;
– Prevenção e Controle de Câncer em 45%;
– Programa Mais Médicos em 50,7%;
– Cortou Assistência Alimentar em 97%;
– Agricultura Urbana em 95%;
– Programas de Acesso a Água em 96%;
– Programas de Habitação Popular em 94,8%;
– Ações para Mulheres em 99%.
Bolsonaro quer votar ainda esse ano a Reforma Administrativa/PEC 32 que destrói o serviço público para desviar corruptamente dinheiro público para o mercado financeiro e para os grandes acionistas estrangeiros, como os da PETROBRAS que têm tido os maiores lucros do planeta enquanto temos pago os combustíveis mais caros do mundo.
Bolsonaro e Guedes agora querem desvincular da inflação o aumento do Salário Mínimo e das aposentadorias, o que vai permitir a Bolsonaro, uma vez modificada a lei, reajustá-los abaixo da inflação. Diferente de Lula, que em seus dois governos sempre aumentou Salário Mínimo e aposentadoria acima da inflação.
Precisamos reconstruir o Brasil, retirar a quadrilha bolsonarista de corruptos e milicianos do poder. E evitar que o pior do bolsonarismo entre em São Paulo como fez no Rio de Janeiro. Impedir que o bolsonarista carioca Tarcísio seja a extensão das políticas de destruição, bolsonaristas, em São Paulo.
Não podemos vacilar. A Hora é agora.